segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Catalogo de Eslingas


Quem trabalha na área já conhece a empresa CIMAF.
Ela se propõe a fabricar cabos de aço e derivados com excelente qualidade.

Abaixo você encontra um link do catalogo de Eslingas.
Lembrando que o destaque fica para a perna do cabo na cor amarela, com intuito de facilitar a identificação do passo do cabo

Use sempre os materiais dentro dos índices recomendados pelo fabricante.
Lembre-se: Movimentação segura é movimentação com calma.


http://www.cimafbrasil.com.br/adm/publicacoes/lista_loja_06.pdf

Jazidas de petroleo muito alem.


Muita gente não pensa na Holanda como um país petrolífero, mas um campo com um bilhão de barris jaz sob uma faixa de 14 quilômetros de pastagens ao longo da fronteira holandesa-alemã. Quando os preços do petróleo despencaram, na década de 90, a Royal Dutch Shell e a ExxonMobil fecharam o campo Schoonebeek. Os executivos da companhia estimaram que não valia a pena buscar esse petróleo denso e de difícil extração, apesar de apenas cerca de 25% do petróleo de Schoonebeek ter sido extraído. O principal sinal do passado petrolífero da cidade é um antiquado equipamento de bombeamento de petróleo ainda hoje largado num estacionamento próximo a uma padaria.

Agora, a alta dos preços e os avanços tecnológicos estão estimulando uma nova associação da Shell, Exxon e do governo holandês para voltar a extrair as reservas em Schoonebeek. Novos poços perfurados horizontalmente estão entrando em contato com mais petróleo. Vapor injetado na rocha desprende o petróleo denso como melaço para que possa ser trazido mais facilmente à superfície.

A Shell não diz que preço torna esses esforços rentáveis, mas especialistas estimam que US$ 40 a US$ 50 por barril é suficiente. Ao preço atual de US$ 80, o campo é claramente viável. "Não atuaríamos se o preço fosse muito baixo", diz Michael Lander, executivo da Shell que comanda o projeto. O empreendimento deverá produzir 120 milhões de barris durante 20 anos na reaberta área oeste de Schoonebeek. Se a outra área do campo for explorada, a taxa de recuperação - o percentual de petróleo que se consegue bombear em relação ao total da reserva do campo - se aproximaria de 50%. A média no setor é de 30% a 35%.

Schoonebeek não inundará o mundo com petróleo. Mas seu sucesso cria um argumento poderoso contra os que sustentam que a produção de petróleo está num declínio irreversível. Demanda maior de consumidores, tecnologia e política mundial estão mudando o negócio de uma maneira que pode significar um futuro de abundância petrolífera, e não de escassez catastrófica. Como Leonardo Maugeri, executivo-sênior do ENI, importante petrolífera italiana, diz: "Haverá petróleo suficiente para ao menos 100 anos".

Muitos analistas e executivos do setor têm poucas dúvidas quanto à abundância de petróleo no solo. "Apenas cerca de 32% do petróleo [nas reservas] está sendo produzido", diz Val Brock, diretor de desenvolvimento de negócios da Shell para recuperação extra de petróleo. A Shell estima que 300 bilhões de barris, e talvez mais, podem ser extraídos dos campos existentes, grande parte deles antes considerados impossíveis de extrair. Peter Jackson, diretor sênior da londrina Cambridge Energy Research Associates para atividades da indústria petrolífera, analisou dados dos maiores campos do mundo. Sua conclusão: 60% das suas reservas continuam disponíveis.

O fato de ainda haver petróleo a ser extraído está motivando a Shell e outras grandes companhias petrolíferas a criar novas tecnologias, de desenvolvimento dispendioso mas economicamente viáveis, quando o petróleo está com preço elevado. Embora o preço tenha caído consideravelmente do pico de US$ 147 por barril de 2008, ainda está muito acima do que muitos especialistas em petróleo esperavam alguns anos atrás. "Você vai ver empresas indo para águas profundas, indo para o Ártico, utilizando as melhores tecnologias", afirma Maugeri, que vê a indústria do petróleo como um sistema dinâmico que responde rapidamente a mudanças no ambiente econômico e político.

Mesmo que as novas tecnologias acrescentem apenas alguns pontos percentuais à taxa de extração, esses ganhos adicionam anos à oferta mundial e aumentam os lucros do setor. Por isso, a tecnologia de extração do petróleo está em constante aperfeiçoamento. O aquecimento de petróleo denso, como em Schoonebeek, é um novo truque. As empresas podem adicionar polímeros pesados à água que injetam num local de produção para expulsar mais petróleo, os polímeros adicionam peso à água e aumentam a pressão nos depósitos. A Shell está testando essa tecnologia no campo Marmul, em Omã. Outra tática é injetar sabão no solo para romper a tensão superficial que faz o petróleo residual aderir à rocha.

Métodos simples podem ajudar campos de petróleo maduros a produzir mais e até a descobrir reservas maiores do que as imaginadas. Um estudo da Cambridge Energy sobre campos na Indonésia descobriu não ser raro que eles produzissem mais que o dobro das estimativas iniciais. Engenheiros petrolíferos ajudam a prolongar a vida útil dos campos simplesmente abrindo novos poços ou instalando melhores bombas. "À medida que um campo envelhece, os operadores aprendem mais, e isso lhes permite ajustar suas operações", explica Leta K. Smith, analista da Cambridge Energy em Houston.

Quedas acentuadas na produção podem ser sustadas. A produção em Samotlor, maior campo na Rússia, estava despencando na década de 90. A proprietária do campo, TNK-BP, constituí-da em 2003, passou então a conseguir aumentar a produção em um terço. O ajuste da colocação de bombas nos poços proporcionou grandes ganhos, ao passo que a tecnologia sísmica tridimensional proporcionou uma visão melhor das estruturas que abrigam o petróleo sob o solo.

O bombeamento de petróleo já descoberto não é tudo. Empresas de prospecção, por vezes financiadas por fundos de hedge e por empresas de investimento em participações, estão encontrando tesouros petrolíferos nas águas profundas ao largo das costas do Brasil, da África Ocidental e até mesmo dos EUA. Ao mesmo tempo, velhas e novas potências petrolíferas - Rússia, Brasil, Angola, Nigéria e Cazaquistão - estão aumentando sua capacidade com a ajuda da Total, ExxonMobil, BP e outras grandes petroleiras. Esses projetos poderão acrescentar 5 milhões de barris à produção diária mundial.

O avanço mais surpreendente está acontecendo no Iraque, que acaba de firmar contratos com a ExxonMobil, BP e Shell, assim como com empresas chinesas e russas. Se todas essas empresas cumprirem suas metas, o Iraque poderá produzir até 12 milhões de barris por dia, colocando-o na "primeiríssima divisão", com a Arábia Saudita e a Rússia. Em vista dos obstáculos políticos e logísticos que o Iraque enfrenta, isso parece pouco realista para o curto prazo. Mas 6 milhões de barris por dia parece factível nos próximos 10 a 15 anos. Esse nível poderia transformar o Iraque no segundo maior produtor da Opep, depois da Arábia Saudita.

A moderação da demanda mundial também pode prolongar o suprimento de petróleo. Após os choques do petróleo na década de 70, os ganhos de eficiência e a conversão de fábricas ao uso de gás natural provocou uma queda de quase 10% no consumo mundial de petróleo no início dos anos 80.

A disparada do preço em 2008 poderá conduzir a resultados semelhantes. Lester Brown, presidente do grupo ambientalista Earth Policy Institute, de Washington, observa que a frota americana encolheu em 4 milhões de veículos em 2009, devido ao descarte de carros velhos e à redução das vendas. Ele acredita que o encolhimento continue, reduzindo a frota americana em 25 milhões de carros até 2020. Ele vê também uma mudança cultural e diz que mais pessoas, especialmente jovens, não veem o carro como uma necessidade. "Estamos agora vendo algo novo, uma mudança na forma como as pessoas encaram os automóveis", diz ele. "Isso significa menor uso de petróleo."

O consumo de petróleo nos EUA caiu 9% nos últimos dois anos. A recessão certamente prejudicou a demanda, mas muitos analistas acham que o uso do petróleo no Ocidente atingiu um pico e não retomará níveis anteriores. O Departamento de Energia prevê que o consumo de combustíveis derivados de petróleo nos EUA diminuirá nas próximas décadas. "Será que as pessoas utilizarão energia diferentemente na próxima fase [de crescimento]?" pergunta Goran Trapp, diretor de comercialziação mundial de petróleo no Morgan Stanley em Londres. "Se assim for, as pessoas que preveem [forte] crescimento da demanda vão se surpreender."

A China é um dos fatores cruciais para responder à pergunta de Trapp. Ao mesmo tempo em que a China continental devora petróleo e carvão, o governo está executando uma agenda verde. A China tem a melhor indústria do mundo de painéis de energia solar, um a usina de eletricidade em Pequim é uma das mais eficientes no mundo e as normas de emissão por automóveis são agora mais severas do que as em vigor nos EUA. A política oficial chinesa determina que, até 2020, fontes alternativas supram 15% da demanda energética do país, 9 pontos a mais do que hoje. Assim, o consumo de petróleo na China continuará aumentando, mas talvez a um ritmo não tão forte quanto o esperado. Um choque desagradável de petróleo é sempre possível. Mas os argumentos que asseguram petróleo abundante são fortes.


Fonte: Valor Online